O soldado Wesley Góes, da 72ª CIPM, chegou por volta das 14h no Farol da Barra armado com fuzil e pistola. Com o rosto pintado de verde e amarelo e visivelmente transtornado, efetuou disparos de fuzil para o alto e logo foi cercado por policiais que fazem o patrulhamento nas proximidades do Farol.
As negociações conduzidas pelo BOPE/BA, começaram imediatamente a chegada do pelotão de operações especiais da PM, que isolou a área para evitar vitimas em caso de possível confronto, o que já poderia ser previsto, com a situação cada vez mais tensa.
O soldado Wesley atirava para o alto com a arma em punho enquanto arremessava grades, isopores e bicicletas ao mar. E depois de três horas de intensas negociações o soldado teria dito que ” havia chegado o momento”, fez uma contagem regressiva e disparou contra a viatura do BOPE, que respondeu a investida para cessar a agressão e conter o soldado. Segundo comandante do BOPE, Major Clédson Conceição, a resposta obedece a protocolos internacionais de negociação e gerenciamento de crise e que o objetivo do batalhão na operação foi preservar vidas, aplicar a lei e impedir um confronto.
O soldado Wesley foi gravemente ferido e socorrido para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos.
O comandante Geral da PM da Bahia Paulo Coutinho rechaçou a utilização politica do caso e disse que não procede qualquer situação de perseguição ao policial Wesley que tinha treze anos de policia e não apresentava nenhum comportamento anormal que levasse a uma preocupação da instituição militar.
Em nota a o Comandante da Policia Militar da Bahia lamentou o episodio:
A Polícia Militar lamenta profundamente o episódio que ocorreu neste domingo (28), no Farol da Barra, quando todos os esforços foram feitos por um final pacífico durante um possível surto de um PM. O Batalhão de Operações Policiais Especiais adotou protocolos de segurança e o policial militar ferido foi socorrido imediatamente pelo SAMU.
A corporação tomou conhecimento ainda de um vídeo do momento em que a imprensa acompanha o fato e é interpelada por um policial militar. A instituição ressalta o respeito à liberdade de expressão e ao trabalho dos jornalistas. O fato será devidamente apurado.
0 Comentários