Na manhã desta quarta-feira (28) alguns moradores dos bairros Jardim Universitário, Novo Encontro e Lomanto Júnior acordaram preocupados ao identificar diversas pichações em espaços públicos e prédios privados por supostos membros da facção criminosa BDM. As pessoas temem ser um recado de grupos rivais e a retomada de nova onda de violência na cidade na disputa por novas áreas de tráfico de drogas. O ponto de onibus do bairro Lomanto e a Escola Municipal Maria de Lurdes, no Bairro Jardim Universitario e estação de bombeamento do SAAE, são alguns dos locais escolhidos para as pichações, que segue com algumas iniciais que ainda não foram identificadas o seus significados.
A violência com vítimas fatais decorrente do tráfico de drogas em Juazeiro-BA é um fato que não se pode negar. Nem mesmo as autoridades públicas escondem o aumento de mortes violentas devido a atuação de facções criminosas na disputa por território.
Algumas pessoas que preferem não se identificar, tem dito em conversas reservadas que a população de Juazeiro está no “meio de uma guerra do tráfico” onde de um lado atua a facção BDM, que segundo investigações da PF, é uma ramificação do grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC) e do outro, a organização criminosa Honda, dissidente do BDM, com atuação no norte da Bahia, Pernambuco e Sergipe.
Coincidência? Um popular acredita que não! “Essas pichações em locais públicos podem ser um recado do BDM para o grupo rival”. Outras denúncias têm sido vinculadas e publicadas em grupos WhatSapp no mês passado, com fotos e com apelos “às autoridades públicas” em relação ao assassinatos de adolescentes envolvidos no tráfico de drogas, em Juazeiro.
O Honda, teve seu principal líder, Manoel Luiz dos Santos Neto, filho de um vereador da cidade de Juazeiro-BA preso na Operação Astreia, deflagrada pelas Polícias Federal e Militar da Bahia e de Pernambuco.
Combater a escalada da violência causada pelo tráfico de drogas em Juazeiro, que já vitimou pessoas inocentes, a exemplo da mãe de família no bairro Juazeiro IV, que serviu de escudo para um fugitivo, assim como um jovem, que foi executado no bairro Tabuleiro, enquanto esperava o transporte para procurar emprego, requer uma ação conjunta e permanente das autoridades, comunidades e instituições municipais, estaduais e federais.
É preciso que as autoridades enxerguem o que está acontecendo nos bairros periféricos de Juazeiro com o aliciamento de jovens para o tráfico de drogas e guerra das organizações criminosas que têm aumentado e muito a sensação de insegurança da população juazeirense.
Da Redação: TNR
Fotos: TNR
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