O Dia do Orgulho LGBTQIA+ nesta segunda-feira (28) passou a ser celebrado em diversos países graças a revolta dos frequentadores do Bar Stonewall, que eram perseguidos pela policia, principalmente por ser um público que mantinham relações com pessoas do mesmo sexo, o que era proibido em Nova York, até os anos de 1960.
A abordagem abusiva da polícia nos locais que servia de refúgio para a comunidade LGBT, sobretudo no bar Stonewall, foi decisiva para que no dia 28 de junho de 1960, o movimento pela a liberação gay se rebelasse e ganhasse às ruas pelo o direito de serem o que eram.
A revolta ou rebelião do Bar Stonewall, repercutiu mundo a fora pelo o enfrentamento da comunidade LGBT, que foram para o confronto com a polícia e protestaram durante dias contra a discriminação e perseguição policial. Por essa razão o 28 de junho foi considerado como marco inicial para o movimento LGBTQIA+ contemporâneo.
No Brasil, a repercussão não foi maior por conta do momento em que o país vivenciava com a ditadura militar e a plena vigência do AI 5, que foi decretado em dezembro de 1968.
Apesar dos avanços das pautas LGBTQI+, houve retrocesso nos últimos anos com a ascensão de Bolsonaro à presidência do Brasil e seu discurso conservador que fomenta o preconceito e a homofobia.
O Grupo Gay da Bahia, que há 40 anos levanta dados e divulga relatórios anuais da morte violenta de LGBTs no Brasil, apresentou dados de que em 2020 houve 237 mortes violentas por homotransfobia no Brasil, sendo 224 homicídios e 13 suicídios. Esses números apresentados podem ser muito maiores, se forem devidamente registrados nas ocorrências policiais.
Cláudio Nascimento, presidente do Grupo Arco-Íris e Diretor de Políticas Públicas da Aliança Nacional LGBTI+, cobrou a retratação do padre Paulo Antônio Muller, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Tapurah (MT) que teria ofendido com palavrões o jornalista Erick Rianelli por conta de um vídeo, de 2020, em que os repórteres aparecem enviando mensagens às parceiras e parceiros pelo Dia dos Namorados.
“Amor se responde com amor, ódio e discriminação se respondem com a lei e a justiça”. Nascimento deixa esse recado ao padre para que não reste duvidas de que não será mais possível aceitar esse tipo de postura com a comunidade LGBT, sobretudo vindo de lideres religiosos que deveriam dar o exemplo do amor.
Num país com índices elevados de agressões contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, é urgente e necessário que a sociedade compreenda a importância de respeitar a orientação sexual na sua ampla e complexa diversidade que cada ser humano carrega. Construindo o amor e o diálogo como ferramentas importantes e fundamentais da existência humana. Combatendo todo e qualquer tipo de intolerância para que seja possível viver em um mundo mais fraterno, democrático, respeitoso e livre do ódio injustificável contra a comunidade LGBTQI+.
Da Redação: Tá Na Roda
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