O mundo ficou espantado ao saber que a Pandemia do Corona Virus pode ter vindo através do consumo de animais silvestres como cobras, morcegos e um animal típico das zonas tropicais da Ásia e da África, conhecido como Pangolim.
O pangolim, é um mamífero que se alimenta basicamente de insetos, têm o corpo coberto por escamas protetoras e se enrolam em bolas como proteção contra predadores. Existem pelo menos oito espécies diferentes e de tamanhos variados de Pangolins.
Algumas características do principal suspeito de ter causado a transmissão do Covid19 para os seres humanos, lembra muito o Tatú. Mas as semelhanças são meramente físicas, pois não existe parentesco do Pangolim com o Tatú, que pertence à linhagem dos Xenarthra e são mais comuns na América do Sul, América Central e uma única espécie, o Tatu-galinha – (Dasypus novemcinctus), na América do Norte. Das 21 espécies existentes de tatus, 11 estão localizados no Brasil.
O que esse animais silvestres tem em comum, além da aparência? A capacidade de transmitir doença que podem causar graves problema de saúde ao ser humano.
No Nordeste brasileiro, duas espécie de tatus são muito procurados (Peba/Tatu Galinha), não só por pessoas que necessitam de se alimentar, mas por caçadores e apreciadores da carne do animal silvestre.
O que poucos sabem é que o consumo da carne de Tatu ou o simples contato com esses animais podem causar doenças como o “mal de Hansen” ou como é mais conhecida, a lepra e a micose pulmonar. Ou seja, além do risco a saúde, quem caça, cria, consome ou compra animais silvestres, está cometendo crime tipificado no artigo 29 da lei 9.605/1998, na seção dos crimes contra a fauna.
Imagem Reprodução/Redes Sociais
Esse alerta foi dado no programa Brasil Rural, desde o surgimento das suspeitas de que o contágio do coronavírus se deu através do consumo ou contato com animais silvestres na China.
O Programa Brasil Rural, que faz parte da Empresa Brasileira de Comunicação do governo Federal, entrevistou o veterinário e doutor em doenças infecciosas João Marcelo de Paula Antunes que esclareceu entre outras coisas, que os tatus são portadores de zoonoses, doenças que podem ser transmitidas ao ser humano, como a lepra e a micose pulmonar.
Os tatus têm grande importância para o equilíbrio ecológico, principalmente por contribuírem para o controle de insetos e na mistura dos nutrientes ao solo. Mas, é preciso evitar o consumo desses animais silvestres, que a exemplo do tatu Peba, se alimentam de pequenos animais vertebrados, roedores, carniças e já foram vistos comendo restos de cadáveres humanos. O que lhe rendeu o apelido de tatu de cemitério.
Reprodução/Edição: Tá Na Roda 20/04/2021 – 20:50
Fonte: Brasil Rural – EBC 2020.
Criado em 13/02/2020 – 11:21
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