Se antes já havia dúvidas sobre a parcialidade na condução dos processos contra Lula pela Lava Jato e a perseguição ao ex-presidente petista, comandada pelo então juiz Sergio Moro, a divulgação de mensagens do telegram autorizadas pelo STF derrubou qualquer possiblidade de incertezas, até mesmo pelos mais incrédulos.
A operação Lava Jato, que foi amplamente badalada pela imprensa brasileira como a maior força tarefa contra a corrupção já vista no mundo, que colocou na cadeia empresários e políticos influentes. Está se revelando como o maior escândalo judicial da história brasileira.
O artigo publicado no início desta semana (9/02) no jornal norte-americano The New York Times, pelo diretor-executivo do Observatório Político da América Latina e do Caribe (Opalc) da universidade Sciences Po de Paris, Gaspard Estrada é categórico: A “lava jato” se vendia como a maior operação anticorrupção do mundo, mas se transformou no maior escândalo judicial da história brasileira”
Ele continua no seu artigo afirmando – se verifica que o ex-juiz Sergio Moro orientou a construção da acusação contra o ex-presidente, “violando o princípio jurídico de não ser juiz e parte ao mesmo tempo.
A justificativa dos procuradores são os números e resultados da Operação lava jato – 1.450 buscas e apreensões, 179 ações penais, 174 condenados, incluindo políticos e empresários, entre os quais, o ex-presidente Lula. Para Estrada, os procuradores violaram o devido processo legal, sem reduzir a corrupção para chegar a esses resultados.
As consequências da atuação ilegal da “lava jato” estão claras: ‘O Estado de Direito está cada vez mais em perigo, com a aprovação de grande parte do establishment político e econômico que ontem apoiou cegamente a operação ‘lava jato’ e hoje apoia a chegada de um político acusado de corrupção [Arthur Lira] à presidência da Câmara dos Deputados, ao mesmo tempo em que o presidente [Jair Bolsonaro] desmantela grande parte das instituições de combate à corrupção e ao crime.” finalizou o cientista politico francês, Gaspard.
Da Redação: Tá Na Roda
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