Quem precisa usar o passeio público na cidade de Juazeiro, vai encontrar diversos obstáculos e flagrantes desrespeitos aos transeuntes: cadeiras e mesas de bares, mostruários de lojas, ambulantes com bancas de frutas. E, como se não bastasse, os desníveis e a falta de padronização das calçadas, que tornam o caminhar dos juazeirenses uma aventura de tropeços e disputas com os carros, até chegar no seu destino. Um ponto comercial, localizado na Avenida Adolfo Viana, próximo a Igreja Universal, achando pouco, avançou até o meio-fio da calçada, impossiblitando qualquer acesso das pessoas ao passeio público.
A loja é um exemplo da falta de empatia com as pessoas que precisam utilizar o passeio público, obrigando aos pedestres e cadeirantes a se arriscarem no trânsito. Essa infração grave ao ordenamento e a mobilidade urbana não é nenhuma novidade em Juazeiro, mas na semana em que a cidade sediou a “Conferência Territorial dos Direitos das Pessoas com Deficiência”, esse empreendimento, como tantos outros irregulares, não iriam passar despercebidos.
O que talvez o poder público não tenha se atentado, é que a falta da promoção de políticas públicas inclusivas e de fiscalização de lojas, prédios e empreendimentos que não estão adequados à legislação que trata sobre acessibilidade, corroboram para que as pessoas com algum tipo de deficiência, não tenham autonomia e independência para viver uma vida social, cultural e econômica de forma digna.
A qualidade de vida de uma cidade, também é medida pela eficiência do poder público em garantir a acessibilidade e mobilidade das pessoas, sobretudo, a acessibilidade para quem tem algum tipo de limitação física, a exemplo do cadeirante, deficiente visual, idosos e o público em geral, que precisam utilizar o passeio público, do mesmo modo que precisam ter acesso, em igualdade de oportunidades, ao transporte público aos equipamento de ensino, de cultura e lazer, sendo essa uma forma vital de promoção da igualdade, inclusão e dignidade.
Garantir que os equipamentos e serviços sejam acessíveis é compromisso de toda a sociedade, mas, é obrigação dos órgãos públicos fiscalizar e notificar os empreendimentos que fogem desse padrão.
Da Redação: TNR
Foto: Reprodução
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