Dados das últimas eleições presidenciais de 2018, em que o bolsonarismo estava em ascensão, mostram que a população de Curaçá, norte da Bahia, rejeitaram através do voto e de forma esmagadora, o presidente Jair Bolsonaro.
Segundo informações do TRE-BA, o candidato Fernando Haddad (PT), teve 85,92% dos votos do povo curaçaense no 2º turno, enquanto Jair Bolsonaro obteve apenas 14,08% dos votos.
O sentimento expressado nas urnas de 2018 pelos curaçaenses não deve ter se dissipado. Muito pelo contrário! A lapada deve ser maior, com Lula sendo o candidato. Curaçá segue a tendência nacional de insatisfação com o governo federal. Ainda mais quando são somados os aumentos da cesta básica, botijão de gás e os últimos escândalos de corrupção no MEC que culminou com a prisão do ex-ministro Milton Ribeiro, que Bolsonaro jurou que colocaria a cara no fogo por ele (Milton).
De acordo com o ex-vereador de Curaçá Adelson Félix , “A vinda do presidente Bolsonaro a Curaçá não tem uma repercussão positiva porque o mesmo não vem com nenhuma ação, obra, recursos da união para a nossa população” . Para Félix, Bolsonaro é um governo sem projetos, e vem demonstrando que não tá nem aí pra população, apenas manter a pequena chama no fundo do túnel que ainda tá acesa…Vive de motociatas, lancheatas, cavalgadas, mas obras que é bom mesmo, nada.
Não bastasse a insatisfação da maioria da população com essa visita eleitoreira de Bolsonaro ao município, fontes asseguram que existe também uma grande insatisfação de boa parte dos vaqueiros e até do presidente da Associação dos encourados, que prefere desabafar sua insatisfação internamente.
A vinda do presidente Jair Bolsonaro a Curaçá, que ultimamente não perde nem festa de bonecas, sobretudo no Nordeste, é uma articulação do ex-ministro João Roma e do prefeito de Curaçá Pedro Oliveira (PSC) , que pretendem promover e priorizar a agenda politica, em detrimento da agenda de trabalho para o municipio.
O prefeito Pedro Oliveira tem sido o mais entusiasmado com a vinda de Bolsonaro a cidade, como mostra a sua publicação do dia (22), convocando a população a recber o visitante ilustre:
“Já está confirmada a presença do presidente da república Jair Bolsonaro na Festa dos Vaqueiros, no sábado, dia 02, às 14h. Pela primeira vez na história a nossa festa receberá um presidente da República e isso tem um grande significado, tanto pela presença de uma autoridade desse porte, pelas perspectivas de investimentos federais, como pela visibilidade que a nossa mais tradicional festa terá em nível nacional, promovendo nossa cidade e nossas tradições culturais”, disse o chefe do executivo, falando de “PERSPECTIVAS DE INVESTIMENTOS FEDERAIS”, de um governo em fim de mandato!
O TNR conversou com algumas lideranças que veem como oportunista e eleitoreira a vinda de Bolsonaro à cidade de Curaçá. Sobretudo numa região pobre, onde a população é formada na sua grande maioria por vaqueiros, assalariados rurais, agricultores familiares e pequenos produtores. As principais vítimas da política de desemprego e fome do atual governo não estão felizes em saber que o presidente vem a cidade de mãos vazias e com a bagagem cheia de promessas.
Segundo estudos da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN), no Brasil já são mais de 33 milhões de pessoas sem ter o que comer. Nas áreas rurais, 60% dos domicílios tiveram níveis de insegurança alimentar. E 18,6% das famílias convivem com a fome (insegurança alimentar grave). A pesquisa destaca que até quem produz alimentos está sofrendo fome. Ela chegou em 21,8% dos lares de agricultores familiares e pequenos produtores. O perfil da população curaçaense não é descolada da realidade nacional, onde o país enfrenta uma grave crise econômica e social.
A tradicional Festa dos Vaqueiros de Curaçá, é um belo evento cultural e mostra a força e a alegria do povo sertanejo, mesmo diante das adversidades. O evento com certeza irá aquecer a economia local, como tem sido em todas as edições em que foi realizado. Mas é visto com desconfiança pela população que enxerga a programação com a presença do presidente como um evento meramente eleitoreiro. “É bom o presidente saber que os vaqueiros estão acostumados a conduzir o gado e não de ser conduzidos por bravatas em ano eleitoral”, disse um popular, que preferiu não se identificar.
Em plena campanha pela a reeleição, Bolsonaro que está atrás nas pesquisas, perdendo para o ex-presidente Lula, faz uma maratona atrás de voto. Na Bahia, o presidente começa por Feira de Santana, no dia 1º (sexta) e participa no dia 2 de julho (sábado) dos festejos da Independência da Bahia, em Salvador. Na agenda em Curaçá, a chegada do presidente está prevista para às 14h, onde deverá participar da tradicional Festa dos Vaqueiros, que este ano está na da 69ª edição.
De acordo com fontes do TNR, os movimentos sociais e a sociedade civil de curaçá e região pretendem se manifestar contra os aumentos dos combustíveis, botijão de gás, o desemprego e a volta da inflação, que são marcas da atual gestão do governo Bolsonaro. O presidente Bolsonaro não parece ser bem vindo a Curaçá, assim como em outros estados, sobretudo do Nordeste.
Da Redação: TNR
4 Comentários
Tô fora bom Bolsonaro
Farinha do mesmo saco um queimador de mandacaru hoje um dos prefeitos mais rico da região me poupe e me economize, pensa que povo é besta e otário fazer de bobo fica com teu mito pra lá que agente fica com a nossa realidade cá vocês vivem de maquiar
O Bolsonaro fugiu
E foi com as calças na mão
Pois o povo de CURAÇÁ
Não admite ladrão
Na maior festa de vaqueiro
Para não virar esculhambação.
Os vaqueiros se rebelaram
Quando o prefeito convidou
O presidente negacionista
E a comunidade se revoltou
Por tratar bem o homofóbico
Que dos nordestinos sempre zombou.
Vai pra lá seu satanás
Que aqui não tem espaço
Vá enganar em outra área
Seu energúmeno e palhaço
O nordeste está com Lula
E aqui não é o seu pedaço.
Segura peão, pois a peia vai ser grande, mas é no lombo do falso capitão. Kkkkk
Parabéns!!!!