EM TEMPOS DE ENSINO REMOTO,LIGAR A CÂMERA É UM ATO REVOLUCIONARIO

O ensino remoto está a “todo vapor” no Brasil, mesmo com seus prós e contras o ensino remoto por meio das plataformas digitais ainda é uma das melhores soluções para dar continuidade ao processo educacional no nosso país. Com o desenvolvimento do EAD nós podemos perceber alguns aspectos que no ensino presencial seria algo bem comum, porém agora virou algo de uma extrema complexibilidade.


Essa semana eu estava lendo o livro “Pedagogia do Oprimido” de Paulo Freire e pude refletir com mais precisão sobre algumas situações do cotidiano que vem ocorrendo dentro dessa sala de aula virtual. Uma das coisas que mais refleti foi sobre a dialogicidade entre e educador-educando e os educandos-educadores, onde no ensino presencial essa ação de diálogo seria algo que possamos dizer mais fácil de se realizar, já no ensino remoto não podemos dizer isso.


Afinal, porque a dialogicidade ficou tão comprometida com o ensino remoto? Primeiro teremos que entender as dificuldades dos discentes de possuírem equipamentos tecnológicos que facilitem essa ação, digo isso principalmente em relação aos alunos das escolas públicas, onde a maioria não possui uma câmera ou um microfone que possam garantir com que possa o mesmo tenha uma participação sem comprometimento. Outro ponto que precisamos entender é as condições de estudos ao qual os alunos estão submetidos, geralmente esses não possuem um lugar de estudo propício e nem mesmo possuem a colaboração dos que convivem com ele, por causa disso para evitar que aconteça algo que os deixem desconfortável se abstém da participação das aulas.


Então, nesse contexto ao qual vivemos, eis uma grande questão: Ligar a câmera dentro do ambiente virtual é revolucionário ou é privilégio? Ao meu ponto de ver seja os dois, pois embora sabemos que existam todas as variáveis ao qual falamos, também sabemos que existem discentes que estão totalmente fora dessa conta e nem mesmo assim ligam a sua câmera.
Quem liga a câmera assume a condição de privilegiado e também se coloca à disposição para construir a dialogicidade dentro do ambiente virtual e ajudar quem não possui as condições adequadas para realizarem essa ação. Porém só podemos considerar esse ato revolucionário de quem além de ligar sua câmera, realize a reflexão sobre o porquê desses não ligarem e faça a luta para que esses consigam as condições necessárias para realizarem tal ação, afinal só juntos em comunhão conseguiremos melhorar a educação brasileira.

Por Kauan Barros

Tá Na Roda

Compartilhe essa notícia:

Insira seu e-mail e assine nosso Portal

0 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *