Flávio Henrique, indicado pelo deputado Roberto Carlos, não faz questão de ocultar sua preferência política, o que por si só não seria problemático. No entanto, antes mesmo de assumir o cargo, ele já usava seu programa de rádio, transmitido aos sábados, para anunciar que estava prestes a se tornar o coordenador do Centro de Cultura João Gilberto. Esse comportamento já causava desconforto, pois segundo informações, Flávio abordava funcionários ao visitar o centro, para antecipar as mudanças que implementaria ao assumir a coordenação.
Após assumir a gestão do espaço, Flávio Henrique rapidamente fez questão de levar seu padrinho político ao Centro de Cultura, registrando o encontro em suas redes sociais para mostrar seu alinhamento com o parlamentar. Esse gesto, além de reafirmar sua posição, mostra a gratidão ao deputado Roberto Carlos, deixando claro o vínculo entre sua nomeação e a relação política que o sustenta no cargo público.
Alguns artistas têm mostrado seu descontentamento com os excessos do coordenador em reafirmar suas preferências políticas no espaço cultural da SecultBA. Segundo fontes que preferem permanecer anônimas, o coordenador utiliza até o estacionamento privado do Centro de Cultura para promover de forma sutil, o seu candidato, deixando seu veículo adesivado em local visível durante o horário de expediente. Um artista, que enviou uma foto ao TNR, expressou sua insatisfação com essa prática, considerando-a inadequada para um ambiente cultural público.
O alegado uso político do Centro de Cultura João Gilberto é uma questão delicada que requer uma abordagem cuidadosa. É importante lidar com essa situação sem criminalizar a política ou restringir o direito de manifestação democrática de qualquer cidadão, inclusive daqueles que ocupam cargos públicos. No entanto, é fundamental assegurar que as preferências políticas de um gestor não se transformem em abusos, especialmente durante o período eleitoral. A vigilância é necessária para garantir que o espaço cultural permaneça imparcial e fiel à sua missão de servir a toda a comunidade.
Flavio Henrique foi acusado recentemente pelo Colegiado de Artes Visuais da Univasf de discriminar e ofender uma aluna do Curso. O caso gerou um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia, como informou a suposta vítima, Alessandra Paes.
Da redação: TNR
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