Tá Na Roda
Há seis meses da nova gestão municipal, os alunos da rede municipal de Juazeiro-BA estão sem receber os kits merenda e, segundo a previsão que se encontra no site da Prefeitura, a entrega será feita a partir de 1º de julho deste ano.
Garantir que os alunos da rede pública recebam o mais rápido possível o kit merenda, deve ser uma prioridade das Secretarias de Educação de todo o Brasil, como forma de enfrentamento ao agravamento da fome, por conta da Pandemia de Covid19. Em Juazeiro não pode ser diferente.
Nos casos que envolvem o direito das crianças e adolescentes, cabe ao Conselho Tutelar tomar a dianteira e representar junto ao Ministério Público, sob pena de omissão, o descaso da Secretaria de Educação de Juazeiro com as famílias que dependem do kit merenda para alimentar seus filhos. Em muitos casos, é na escola que os alunos fazem sua única refeição do dia.
Em torno de 41 milhões de estudantes recebem alimentação através do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE.
Com base em estudos divulgados pelo IBGE que aponta mais de 54 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza no Brasil, a Câmara e o Senado se apressaram em aprovar o Projeto de Lei nº 786/2020 que permite a distribuição dos alimentos da merenda escolar adquiridos com recursos do PNAE às famílias dos estudantes que estão em situação de vulnerabilidade social por razão da pandemia.
Não bastasse o fechamento do Restaurante Popular aos sábados e domingos, que na gestão anterior ficava aberto como estratégia para combater a fome no período pandêmico, com refeições gratuitas. A Secretaria de Desenvolvimento Social, Mulheres e Diversidade, comandada pelo Pastor Teobaldo, anunciou a suspensão por uma semana das refeições no local, alegando razões operacionais e para realizar melhorias no local. Suspensão para fazer melhorias? Enquanto isso, as pessoas fazem o quê para comer? Indagou um Sr que vende picolé nas ruas de Juazeiro.
Não justifica que a SEDUR e a SEDES, promovam ações que possam privar ou retardar as famílias de terem acesso a se alimentarem, sobretudo nesses tempos de preços altos e desemprego.
Como diria o sociólogo Herbert de Souza (o Betinho) numa campanha que lançou em 1993: QUEM TEM FOME, TEM PRESSA!
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