Em outubro de 2019, os sindicatos ligados ao setor elétrico de vários estados brasileiro, já chamavam à atenção para o que poderia acontecer, caso a Eletrobras fosse privatizada. A principal estatal do setor elétrico do país já aplica programas de redução de custos e de corte de funcionários,medidas que compõem o processo de venda total da Eletrobras para o capital privado. Entretanto, especialistas alertam que a medida não ajuda a economia e pode causar um apagão no país. Os embates começaram ainda no governo Temer, onde segundo o sindicato dos eletricitários, o desmonte já estava sendo feito com as demissões de mais de 12 mil funcionários, em 2016.
Em 2017, os presidentes da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas, e da Confederação Nacional dos Urbanitários, Paulo de Tarso Guedes, emitiram uma nota conjunta denunciando a intenção do presidente Michel Temer em vender a Eletrobras.
A nota, mais parecia uma profecia do que estava por vir: “ vender os ativos brasileiros do setor de energia a preço de banana para o capital estrangeiro não iria tirar as contas do país do vermelho, iria penalizar ainda mais a classe trabalhadora e toda a sociedade, voltará a correr o risco de conviver com apagões, pagará contas de energia mais altas e ainda conviverá com o empobrecimento das regiões onde estão instaladas as empresas do sistema Eletrobras”.
O então pré-candidato Lula, se posicionou por várias vezes contrário à privatização da Eletrobras, condenando as movimentações do governo Bolsonaro em acelerar a venda da estatal do setor elétrico – “Se esse crime não for evitado, a privatização da Eletrobras vai também elevar consideravelmente as tarifas de energia”. Lula também teria dito em 2022 que – “Sem uma Eletrobras pública, o Brasil perde boa parte de sua soberania e segurança energética”.
O governo Bolsonaro concluiu a privatização da Eletrobras em 14 de junho de 2022, em uma cerimônia na bolsa de valores, que foi comemorada pelo Ministro da Fazenda Paulo Guedes, que à época afirmava que ao contrário do que diziam os “inimigos da desestatização” da Eletrobras, a medida iria gerar benefício de R$ 30 bilhões, com a redução das contas de luz”.
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