Fonte: Agência Pública
Por Laura Scofield, Matheus Santino
A tropa de choque bolsonarista — termo utilizado para se referir aos apoiadores mais radicais do atual presidente no Congresso — se reuniu no Senado na última quarta-feira (30). Além de senadores e deputados de extrema-direita, o evento teve a participação de influenciadores e lideranças dos movimentos nos quartéis, que há um mês pedem que o resultado das eleições para presidente não seja respeitado.
A Agência Pública acompanhou a sessão e identificou ataques ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Um blogueiro bolsonarista chegou a afirmar que a audiência serviu para incentivar Jair Bolsonaro a “acionar os militares”.
A sessão aconteceu na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) e foi presidida pelo senador Eduardo Girão (Podemos-CE). Girão, que é integrante da comissão, havia sido o autor de um requerimento para realizar uma audiência pública que discutiria a “fiscalização das inserções de propagandas políticas eleitorais”. O pedido foi aprovado pelos pares, mas o evento pouco abordou o tema proposto.
O auditório da CTFC estava lotado. Não havia onde sentar e algumas pessoas vestidas de verde, amarelo e azul acompanhavam as falas de pé, aplaudindo e gritando quando concordavam com os discursos. Vários faziam lives e tietavam seus parlamentares favoritos sempre que podiam.
Transmitida ao vivo no Youtube da TV Senado, a live da audiência chegou a ser acompanhada simultaneamente por mais de 140 mil pessoas. No total, o vídeo já chegou a 2,3 milhões de visualizações.
Senadores e deputados utilizaram a estrutura do Congresso para pedir golpe militar e gerar engajamento na internet.
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