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Segundo dados revelados pelo relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em 2014, o Brasil tinha saído do Mapa Mundial da Fome. Entre as ações que contribuíram para o alcance desse objetivo estão: políticas de segurança alimentar e nutricional como a transferência condicional de renda tendo como exemplos o programa Bolsa Família e o benefício da prestação continuada.
Outro ponto destacado pela FAO considerado importante para classificar o Brasil naquele período fora do “Mapa da Fome”, foi o apoio à agricultura familiar com ações que visam facilitar o acesso ao crédito, prestar assistência técnica e proporcionar maior segurança aos agricultores familiares.
Em 2018, ao final do governo de Michel Temer, o país já apresentava 6,5% de sua população abaixo da linha de extrema pobreza, chegando a 13,5 milhões de pessoas nessa condição.
Em entrevista ao Site Brasil de Fato, o ex-diretor da FAO, José Graziano, já afirmava que o desmonte das políticas de segurança alimentar iniciado no governo Michel Temer e aprofundado no governo Bolsonaro iria deixar o país vulnerável à fome. Não precisava ser adivinho ou especialista para prever o projeto que estava posto pelas oligarquias nacionais depois do golpe imposto a presidenta Dilma Rousseff.
No cenário atual, especialistas em economia apontam um país com baixo crescimento econômico, com a elevação dos preços, as altas taxas de juros cobradas pelos bancos e as dívidas que comprometem ainda mais a capacidade de consumo das famílias brasileiras. Afetando as pequenas e médias empresas, que deixam de contratar, já que produzem e vendem menos.
As tensões políticas, as crises patrocinadas pelo presidente Jair Bolsonaro e as negociações com o Centrão para se manter no poder, parecem mais urgentes para o presidente. As pautas sociais e o cenário de pobreza e miséria que vem crescendo no campo e nas cidades do Brasil não aparecem na agenda presidencial.
Tá Na Roda
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