O EDITAL PARA ELEIÇÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DE CULTURA DE JUAZEIRO-BA TEM CHEIRO DE ARRUMADINHO COM INTENÇÃO DE APARELHAR O CMC

Imagem Capa/ Enio Axê

O Edital de Convocação para o Processo eleitoral que escolherá os novos Membros do Conselho Municipal de Cultura de Juazeiro-Ba Para O Biênio 2021-2023 ao que tudo indica foi feito propositadamente às pressas para excluir ou não permitir a mobilização de grande parte do segmento artístico de Juazeiro.

 Basta ver que o Edital foi publicado no dia 29 de março e os prazos de inscrição para quem pretende concorrer a uma vaga no CMC foi do dia 30/03/2021 até o dia de hoje (05). NA REAL, FORAM APENAS QUATRO DIAS ÚTEIS DE PRAZO.

Imagem/Edital SECULTE – Juazeiro – BA

Os pretensos candidatos deveriam organizar nesse período curto, documentação pessoal, preparar currículo, portfólio e se tiver Registro Profissional, buscar declaração nos órgãos ou entidades competentes que atestem a atuação no respectivo segmento artístico de inscrição. E, sobretudo, ignorar a Pandemia da Covid19, para atender em tempo recorde as exigências do Edital da SECULTE.

Na cabeça dos iluminados da Secretaria de Cultura de Juazeiro, basta usar um punhado de letras, parágrafos e incisos no Edital, o recurso virtual para realizar as eleições e está tudo pronto.  O atual e também antigo gestor da Pasta tem plena consciência da atuação forte do segmento na defesa das políticas públicas da cultura e não pode compactuar com tamanho desrespeito aos artistas de Juazeiro/BA, que defendem com seriedade e compromisso a Cultura de Juazeiro.  

Foi com a pulga atrás da orelha, o descofiômetro ligado e protesto, que circulou nas redes sociais nesta segunda-feira (05), um Manifesto do ator, produtor e gestor cultural Ramon Ranieri , que recebeu o apoio de outros artistas em relação ao Edital de Convocação para o Processo eleitoral que escolherá os novos Membros do Conselho Municipal de Cultura de Juazeiro-Ba.

Leiam na íntegra o Manifesto:

O documento publicado evidencia completo desinteresse da gestão para com a participação social na construção das políticas públicas de cultura. E mais grave, demonstra flagrante tentativa de aparelhamento do Conselho, ao promover um processo com pouca ou nenhuma mobilização, com prazos curtíssimos para inscrições e com um regimento viciado, com regras dúbias, critérios confusos, passivo de fraude.

Nos causa ainda mais estranheza, saber que nem mesmo os membros da comissão eleitoral nomeada pela resolução 001/21 tinham sequer ciência de fazerem parte da comissão, ou do próprio conteúdo do regimento publicado.

O conselho de Cultura é uma instancia de gestão consolidada, com atribuições definidas por legislação especifica, entre as quais, a fiscalização do órgão gestor da cultura na implementação da política cultural. Portanto, somente a uma gestão com intenções autoritárias, interessa a desmobilização da Cultura.

Queremos um processo de eleição limpo, transparente e participativo.

Não permitiremos retrocessos!

Ramon Ranieri/ Ator, produtor e gestor cultural

Tá Na Roda

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