China se oferece para apoiar o Brasil contra tarifas dos EUA e reforça parceria no Brics

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, afirmou nesta segunda-feira (28), durante coletiva de imprensa em Pequim, que o governo chinês está disposto a trabalhar com o Brasil para defender a equidade internacional e combater medidas unilaterais, como as tarifas anunciadas pelos Estados Unidos.

A declaração foi uma resposta direta à ameaça feita pelo ex-presidente Donald Trump, que planeja impor tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. Diante desse cenário, o Brasil busca respaldo de seus parceiros estratégicos, como a China e o grupo Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), para enfrentar os impactos de um possível distanciamento comercial com os EUA.

“A China está disposta a trabalhar com o Brasil, com outros países da América Latina e do Caribe, e com os países do Brics para defender em conjunto o sistema multilateral de comércio centrado na Organização Mundial do Comércio e proteger a justiça e equidade internacionais”, afirmou Jiakun. Segundo ele, Pequim já deixou clara sua oposição às tarifas unilaterais impostas por Washington.

O representante chinês também ressaltou que a China está pronta para ampliar sua cooperação econômica com o Brasil, caso as relações comerciais entre Brasília e Washington se deteriorem. “Estamos prontos para promover essa cooperação com base em princípios de mercado e impulsionar o desenvolvimento nacional de ambos os países”, destacou.

De acordo com informações do jornal O Globo, a China sinalizou que pode ser uma aliada estratégica para minimizar os impactos de uma possível escalada protecionista dos EUA.

Enquanto isso, o governo brasileiro, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enfrenta uma semana crucial, tentando negociar com Washington para evitar a entrada em vigor das tarifas que podem atingir duramente setores estratégicos da economia nacional. Até o momento, no entanto, não houve avanços significativos nas tratativas com os EUA.

TNR

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